Com o objetivo de preparar as equipes escolares para acolher e enfrentar desafios relacionados à saúde mental, o Serviço Social da Indústria do Rio Grande do Norte (SESI-RN) iniciou o treinamento da Brigada de Proteção Psicológica Escolar nas três unidades da Rede SESI de Ensino — em Mossoró, Macau e São Gonçalo do Amarante.

 

 

Os colaboradores das escolas concluíram, em setembro, o primeiro módulo do curso, que seguirá até dezembro. As aulas são conduzidas pelo enfermeiro Luís Fernando, que introduziu conceitos básicos de saúde mental e apresentou os propósitos da iniciativa, convidado por intermédio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RN), que contribui com a iniciativa.

 

 

O projeto, contemplado pelo edital nacional Conexão SESI 2025, por meio do apoio do Conselho Nacional do SESI, tem como proposta formar brigadistas de emergência psicossocial, capacitando educadores para identificar sinais de sofrimento mental e oferecer acolhimento inicial a alunos e colegas. A meta é contribuir para um ambiente escolar mais saudável e colaborativo, com foco na prevenção de situações de risco.

 

 

A coordenadora de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) do SESI-RN, Rayanne Araújo, explica que a iniciativa surgiu como resposta a uma crescente demanda por atenção à saúde mental nas escolas.

 

 

 

“Vivemos um momento de epidemia de saúde mental. As internações psiquiátricas infanto-juvenis estão lotadas, e percebemos muitos sinais de sofrimento emocional entre as crianças. Por isso, este é um momento oportuno para capacitar professores e formar brigadistas de forma voluntária. Acredito que será um sucesso, porque é uma ação necessária para identificar, acolher e encaminhar quem precisa de apoio especializado”, afirmou.

 

 

Além da formação dos brigadistas, o projeto também prevê a criação de uma “sala zen” em cada escola, destinada ao acolhimento e à escuta ativa de alunos e colaboradores.

 

 

A ação está alinhada ao programa nacional “Brigada de Emergência Psicossocial”, que capacita trabalhadores para atuarem em situações de emergência psicossocial nos ambientes de trabalho. A proposta visa reduzir a exposição a crises emocionais e promover ambientes mais saudáveis, oferecendo apoio pontual e humanizado, sem caráter clínico ou diagnóstico.