A participação do SESI Lab na RedPOP 2025, na cidade de Puebla, no México, evidenciou o papel do museu na circulação de ideias e metodologias de educação não formal, fortalecendo parcerias com instituições de toda a região. Ao longo do encontro, que tem a missão de popularizar a ciência, a equipe compartilhou experiências de engajamento de públicos, formação de professores e integração entre ciência, cultura e sociedade.

A RedPOP é a Rede de Popularização da Ciência e da Tecnologia da América Latina e do Caribe, que reúne museus, centros de ciência e outros atores dedicados à divulgação científica. Foi criada em 1990, no Rio de Janeiro, e atua por meio de cooperação regional para intercâmbio, formação e uso compartilhado de recursos entre seus membros. Em 2025, o 19º Congresso celebrou os 35 anos da rede com o tema Ciência Viva: Conectar Mentes e Comunidades.

Para Carolina Vilas Boas, coordenadora de Exposições e Ações Culturais do SESI Lab, encontros como a RedPOP são uma oportunidade de olhar as instituições de fora e possibilitam diálogos e “novos olhares sobre a nossa prática cotidiana”. “Os congressos bianuais são sempre cuidadosamente pensados para proporcionar uma intensa troca entre esses profissionais, fortalecer a rede e criar agendas comuns”, explica. “O México tem uma cultura museológica riquíssima, o que favoreceu ainda uma troca para além do congresso em visitas a museus, igrejas e sítios históricos.”

Durante o congresso foram lançadas duas publicações para comemorar os 35 anos da RedPOP:
• Comunicar a ciência na América Latina: um sobrevoo pela região
• Popularização da ciência na América Latina: experiências, avanços e desafios

Luciana Conrado Martins, coordenadora de Ações Educativas e Pesquisa, destaca o papel da rede para atualização permanente e cooperação. “A RedPOP é esse grande encontro dos divulgadores de ciências da América Latina e do Caribe, uma oportunidade para poder se aproximar de parceiros que são importantes para nós”, diz. Ela ressalta ainda a mudança de paradigma na área: “Cada vez mais a presença de uma comunicação mais horizontal entre a sociedade e a ciência tem se mostrado como caminho, valorizando projetos que praticam essa escuta”.

Para João Vítor Rocha, analista de Educação do SESI Lab, a imersão teve efeito direto no planejamento de ações futuras. “Eventos como esse são importantes porque fortalecem a rede de divulgação científica, promovem debates sobre os desafios contemporâneos e ajudam a construir estratégias mais inclusivas e relevantes para a criação de uma cultura científica”, afirma.

Ao integrar trocas de alto nível com avaliação de resultados e diálogo com diferentes públicos, o SESI Lab reafirma sua relevância no ecossistema latino-americano de divulgação científica e volta de Puebla com novas parcerias, referências e pistas para ampliar o alcance e a qualidade de seus programas no Brasil.

Conheça os projetos do SESI Lab que foram apresentados na RedPOP 2025

1) Divulgação científica sobre conteúdos estatísticos no SESI Lab: relato de experiência da atividade “Palpites e Normas”
Ativação prática em que o público estima quantidades e debate média, variabilidade e tomada de decisão. Mostra como estatística, cultura e cotidiano se conectam em linguagem acessível.

2) Engajamento de jovens mulheres em projetos científicos no contexto museu, escola e território: a experiência do SESI Lab Delas
Programa que aproxima meninas das áreas de ciência e tecnologia a partir do museu, da escola e do território. Envolve mentoria, uso de espaços maker e experiências técnicas para fortalecer pertencimento e trajetórias.

3) Night Lab: engajamento cultural e científico para o público adulto em espaços museológicos
Noite mensal que combina shows, oficinas e experimentações científicas. Cria um ambiente de convivência para aprender, trocar e experimentar ciência e tecnologia.

4) Museus de ciências e literatura: avaliação do perfil de público do Clube do Livro Pensa-Mundo
Encontros que relacionam obras literárias a temas científicos e contemporâneos. O estudo apresentado analisa perfil e envolvimento do público, gerando insumos para aprimorar mediação e curadoria.

5) Café da manhã com profissionais da educação como estratégia para potencialização da parceria museu-escola
Encontros com docentes para apresentar potencial pedagógico do museu, alinhar conteúdos à base curricular e construir roteiros de visita.

6) Para que servem os acervos digitais em museus interativos de ciências? O exemplo do SESI Lab
Discussão sobre o papel do acervo digital para ampliar acesso, pesquisa e comunicação pública da ciência. O caso do SESI Lab mostra como disponibilizar percursos, materiais e registros potencializa o alcance educativo.

 

Texto: Agência de Notícias da Indústria

Foto: RedPOP / Divulgação