Espaço Maker: Conheça a novidade do SESI para preparar os alunos para o futuro

21/01/2019   11h22
A nova metodologia que tem tudo a ver com a 4ª Revolução Industrial já foi implantada em diversas cidades pelo Brasil e agora chegou a Vitória. As demais unidades do Espírito Santo passarão a oferecer o Ensino Maker ainda este ano
 Espaço Maker inaugurado em Vitória (ES), em dezembro de 2018

 

Desde 2005 um novo movimento tem tomado conta do mundo: o Maker, que tem como base incentivar as pessoas a executarem suas ideias, colocando a mão na massa para criar e fomentar soluções. Na internet, vemos esse movimento como o famoso “Do It Yourself (DIY)” ou “Faça Você Mesmo”, que dão nome a canais de vídeos e de blogs com conteúdos ligados à culinária, moda e decoração de casas e festas. Creditado a Dale Dougherty, co-fundador da Make Magazine, primeira revista especializada no assunto, o Maker chegou às salas de aula, como forma de estimular os alunos a serem protagonistas de seu próprio aprendizado.

 

Ao todo são dez princípios que norteiam esse movimento, conforme o Manifesto Maker: faça, compartilhe, presenteie, aprenda, equipe-se, divirta-se, participe, apoie, mude, permita-se errar.

 

Levando esses conceitos para a escola, cria-se para o aluno um ambiente colaborativo, de construção e compartilhamento de ideias, alinhando teoria à prática. E esse ambiente acontece fora das paredes de sala de aula, em um espaço conhecido como Espaço Maker: um local que possibilita a experimentação e autoexpressão, o acertar e o errar, e assim, desperta nos alunos o espírito inventivo e atitude para colocar a mão na massa.

 

Ali, o aluno passa a ser o dono do processo de aprender e de fazer e, neste momento, o professor atua apenas como um facilitador, a pessoa a orientar os alunos durante as atividades, prestando apoio nos momentos de dúvidas, mas também provocando e estimulando a criatividade do estudante.

 

E quando falamos em mercado de trabalho do futuro, falamos de desenvolvimento de habilidades que vão muito além do conhecimento técnico. Os profissionais que buscam um lugar nessa nova realidade precisam das chamadas “soft skills” ou atributos pessoais, aqueles que ajudam os trabalhadores a lidarem com as situações presentes em seu dia a dia e a aprimorar suas interações com o restante da equipe em que estão inseridos. E tudo isso pode ser trabalhado e potencializado em um espaço maker como pensamento crítico, criatividade, empatia, colaboração e autonomia.

 

 Ana Carolina Carnieli e Eduardo Schultz estão ansiosos e afirmam que o ensino é inovador, divertido e vai aproximar os alunos do mundo lá fora

 

Atento a essa metodologia moderna e que conversa perfeitamente com a 4ª Revolução Industria, o Serviço Social da Indústria (SESI) do Espírito Santo inaugurou o seu primeiro Espaço Maker em dezembro de 2018, na unidade de Jardim da Penha, em Vitória. Os alunos estão com grandes expectativas da nova ferramenta de aprendizado que estará à disposição deles.

 

“O Espaço Maker vem responder aquela pergunta que a gente sempre fazia na escola: para que eu estou aprendendo isso? Lá no espaço o aluno encontra essa resposta. Essa é uma ferramenta a mais para tornar as crianças e os adolescentes potenciais e bons profissionais para o mercado de trabalho, para o futuro”, explicou Mateus de Freitas, superintendente do SESI do Espírito Santo.

 

A partir de 2019, as demais unidades SESI no estado também vão contar com um Espaço Maker. O Ensino Maker é um dos diferenciais da instituições no objetivo de preparar os estudantes para o futuro, ao lado do Programa de Orientação Profissional (POP) e o Ensino Bilíngue.

 

“O ano de 2018 foi atípico. Nós temos buscado dentro de um processo de reposicionamento da Educação Básica no SESI, atender o processo da transformação para a Indústria 4.0. Estamos trabalhando com uma trilha de formação para atender a Reforma do Ensino Médio, mas sobretudo para trabalhar com a Educação Maker, o Programa de Orientação Profissional e o Ensino Bilíngue. É de fundamental importância que o aluno tenha o desenvolvimento de suas competências para acompanhar as tecnologias habilitadoras, que estão incorporadas através do ensino de empreendedorismo e robótica, que fazem da nossa instituição um diferencial competitivo”, explicou Priscilla Carneiro, diretora de Educação do SESI-ES.

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